quinta-feira, 10 de março de 2011

E o vento levou... Gone with the wind!

Inspiraçao divina, de onde vem? A própria palavra diz, divino, significa Pertencente a Deus; proveniente de Deus. Grandes coisas são produzidas quando o ser humano está debaixo deste tipo de inspiração. E como consigo me conectar a ela com facilidade ou com determinada frequencia?
            Acredito que o fato não está em saber como me conectar a ela mas sim em reconhecê-la acontecendo, pois muitas vezes ela é como o vento que passa; ou você está presente para senti-lo na intensidade daquele momento, ou terá que estar no lugar certo da próxima vez que ele passar, embora ele possa vir em circunstâncias e intensidade diferentes do que a última vez.
            Seja para compor canções ou escrever livros, nós seres humanos precisamos de um conjunto de circunstâncias acontecendo ao mesmo tempo para que possamos produzir algo além do trivial. Seja o silêncio de uma madrugada ou a suavidade de uma melodia, combinados a uma lembrança ou empatia momentânea relacionada a algo que acabamos de ver na TV, ou talvez o contemplar do mar batendo nas rochas associado a um dia chuvoso e sem ninguém em casa, ou até mesmo nada disso; um ambiente caótico ao nosso redor sem nem mesmo um pouco de privacidade, já proporcionam o ambiente perfeito para muitos produzirem coisas sensacionais. De qualquer forma, a inspiração está ligada a tudo isso e ao mesmo tempo nada disso, pois ela escolhe o momento e as circunstâncias. Como mencionei no início do texto, somos nós quem precisamos saber reconhecer quando o “vento está soprando” e tentar transcrever de alguma forma o sentimento que nos circunda ou as mensagens que ele contém.
            O fato é que existem músicas que transcrevem milhões de palavras e sentimentos em apenas alguns versos, capazes de nos tocar profundamente e fazer lágrimas surgirem do nada e você sente naquele instante que aquilo não é simplesmente uma emoção manipulada por ritmos e melodias, pois alguma coisa dentro de você foi movida, algo além da emoção sentida, algo que nem mesmo você sabia que havia lá, no profundo do coração, escondido, esquecido, lacrado.
            Talvez o “vento” levou embora o monte de entulhos que o cegava, pra que você pudesse perdoar, crescer, amadurecer. Quem sabe... só você e o "vento".
          Se pudéssemos imitar o som do vento poderíamos dizer algo como Ruaaaaaach. Ruach é a palavra hebraica para Espírito no Velho Testamento.
            Da próxima vez que você sentir algo diferente acontecendo ao ouvir uma canção divinamente inspirada, deixe o vento soprar... Ruaaaaaach!

João 3:8 - O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai...

2 comentários:

  1. E aí Binho... O vento estava soprando quando você escreveu hein!
    Interessante... Tantas vezes nos prendemos a algo (em casa, vendo televisão, por exemplo) e então com a janela fechada o Vento nao sopra. Precisamos muitas vezes correr para longe do que nos prende (tipo uma caminhada ou passeio de bike) para a janela abrir e o Santo vento soprar.

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  2. Muito bom! Talvez o vento do Espírito sopre mensagens inspiradoras o tempo todo, e quando ousamos estimular mais do que nossos sentidos físicos, podemos perceber que há uma mensagem neste "vento", talvez não compreensível pelos sentidos naturais, mas pelos espirituais. Talvez usando as palavras certas, a melodia e harmonia certa, possamos decodificar a informação, ainda que não pura, concreta e nitidamente, mas se prestarmos atenção poderemos perceber que a informação sempre aponta para uma direção.

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